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Algumas histórias não podem ser esquecidas. Precisam ser contadas e recontadas – não apenas pela memória, mas pelo poder de transformação que carregam. Você vai conhecer uma dessas histórias no terceiro episódio da terceira temporada do projeto MP Pra Você, lançado hoje (11/6). Ela aconteceu em Campos Belos, no Nordeste goiano, onde a ausência do poder público levou a comunidade a tomar uma atitude inédita: construir, com as próprias mãos, o Instituto Médico Legal (IML), em uma mobilização histórica liderada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
Desenvolvido numa proposta multiplataforma, o projeto MP Pra Você traz os depoimentos de cidadãs e cidadãos que relatam como a atuação do MP goiano em diferentes áreas auxiliaram a garantia de direitos. São histórias contadas em um podcast, vídeos e textos, narradas em uma linguagem simples e humanizada.
Apresentado pelas jornalistas Cristina Rosa e Mariani Ribeiro, o podcast traz a narrativa da história com as falas dos personagens, que podem ser conhecidos nos vídeos produzidos pela jornalista Luísa Gomes, todas da Assessoria de Comunicação Social do MPGO. Este episódio traz depoimentos emocionantes de lideranças, cidadãos e cidadãs que não aceitaram mais viver sem dignidade.
Ouça aqui o podcast deste episódio:
Durante anos, os moradores de Campos Belos e região viveram desassistidos em situações críticas. Acidentes com vítimas, crimes, mortes: tudo precisava ser encaminhado a Formosa, a quase 300 quilômetros de distância. Em um desses casos, no dia 7 de junho de 2010, o corpo de Jonas D"arc de Araújo Júnior ficou preso às ferragens por mais de sete horas após um acidente de caminhão, enquanto a família aguardava, angustiada, pela perícia do IML que nunca chegava em tempo.
"O que marcou muito foi meu pai ter ficado lá com o corpo do Jonas desde 9 horas até a chegada do IML, às 16 horas", relembra Flávia Madureira, irmã da vítima, em um dos trechos mais tocantes do episódio.
Em 2011, o promotor de Justiça André Luís Ribeiro Duarte assumiu a promotoria local. Um relato feito por um médico o colocou frente à dura realidade enfrentada pelas moradoras e moradores. A tragédia de Jonas foi o estopim para uma articulação inédita: com a liderança do MPGO, nasceu uma mobilização que mudaria para sempre a história de Campos Belos.
"Eles chegavam e levavam o cadáver para Formosa, (demorava) mais um dia para elaborar o laudo e liberar o corpo. E um detalhe: eles não traziam o corpo de volta. As famílias, geralmente carentes, ficavam à mercê do poder público. Então, isso revoltava muito as pessoas", lembra o promotor.
Sem recursos públicos disponíveis, a construção foi possível graças à união entre o Ministério Público, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), empresários, Rotary Club, Maçonaria, Sindicato Rural, além de doações e o trabalho de reeducandos.
Em apenas dois anos, foi erguido um complexo com mais de 900 metros quadrados, incluindo salas de necropsia, perícia criminal, identificação civil, biblioteca e alojamentos. A inauguração, em dezembro de 2013, foi histórica: pela primeira vez, a população entregava uma obra ao Estado – e não o contrário – como afirmou, na época, o promotor André Luís Ribeiro Duarte.
O promotor lembra também que a iniciativa foi realizada sem judicialização, para que tudo ocorresse de forma resolutiva, em prazo ideal para atender a população. Além de Campos Belos, a estrutura do IML atende ainda as cidades de Monte Alegre de Goiás, Teresina de Goiás, Cavalcante, Divinópolis, São Domingos e Alto Paraíso. A unidade abriga ainda a Delegacia de Polícia Local e a sede do Conseg.
Dez anos depois, o prédio foi revitalizado com novos recursos articulados pelo MPGO, dentro do projeto Estruturar para Humanizar, que busca melhorar as condições de trabalho nos órgãos da segurança pública e o atendimento à população.
O caso de Campos Belos é um exemplo concreto e inspirador do que acontece quando a sociedade e o Ministério Público atuam lado a lado: transformação real, cidadania plena e reconstrução da dignidade coletiva.
As idealizadoras e realizadoras do MP Pra Você são a analista em comunicação Cristina Rosa; a chefe do Núcleo de Mídias Digitais, Luísa Gomes, e a subchefe da Assessoria de Comunicação Social, Mariani Ribeiro. O projeto tem supervisão geral do chefe da Ascom, Pedro Palazzo, e conta com o trabalho de edição de áudio e sonoplastia de Cristiano Mariano da Silva.
Fonte: MPGO