5t632w
Se o futuro é das crianças, no interior de Goiás ele já começou. Pelo segundo ano consecutivo, o Fórum Infantil do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) mobiliza centenas de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental na histórica Cidade de Goiás, a 140 quilômetros de Goiânia.As atividades, que ocorrem ao longo de meses até culminar no festival, envolvem oficinas lúdicas, ações ecológicas e formulação de propostas. Uma dessas iniciativas resultou na elaboração de uma carta das crianças direcionada às autoridades do município e do estado.
Com diversas reivindicações, a carta está encapsulada no Cine Teatro São Joaquim e será reaberta daqui a 25 anos para que se observe o que avançou desde então.
"É um tempo de escuta. As autoridades param para escutar as crianças e é o momento delas de fala. Tem sido maravilhosa essa experiência. Me surpreendeu bastante o nível do debate das crianças ao falar do clima, desmatamento, queimada e pedidos de fiscalização", diz a coordenadora do fórum, professora Ângela Oliveira, durante o desfile em defesa do clima e do cerrado, na manhã dessa quinta-feira (12). A marcha percorreu as principais ruas do centro histórico da antiga capital goiana, reunindo cerca de 270 crianças da faixa dos 10 anos de idade.
>> Siga o perfil da Agência Brasil no Facebook
A partir do Fórum Infantil, que ou a ser parte da programação oficial do Fica, foi instituído o Comitê Esperançar, que tem atuado na promoção de medidas concretas para comprometer a cidade com valores sustentáveis.
Uma dessas medidas é o Projeto de Lei nº 13/2025, proposto por alunos do Fórum Infantil na edição do Fica em 2024, e que restringe a distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio local e propõe ações educativas sobre os impactos ambientais causados por esses materiais.
"Há toda uma simbologia nessa ação porque é muito mais fácil trabalhar pelo futuro com as crianças, pois elas já vão crescendo com essa conscientização ambiental, de pertencimento a um lugar comum que precisa ser cuidado, que é nosso planeta", explica o prefeito Aderson Liberato Gouveia.
No mês ado, faltando poucas semanas para o Fica 2025, o projeto de lei foi debatido em audiência pública na Câmara Municipal da Cidade de Goiás. Na ocasião, representantes da sociedade civil, comerciantes e estudantes participaram ativamente do debate. Embora tenham demonstrado preocupação com os impactos logísticos da proposta, os setores empresariais reconheceram a importância de medidas sustentáveis e da educação ambiental como caminho para mudanças duradouras.
"Eu aprendi que as sacolinhas plásticas, que muitos usamos nos supermercados, demoram 400 a mil anos para se decompor no meio ambiente", destaca João Gabriel Costa Dias da Luz, de 10 anos, estudante do 5º ano em uma escola da cidade que fica no bairro São José.
Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental muda a rotina da cidade - Foto: Vinicius Schmidt/Secult-GOIntegrante do Fórum Infantil, João Gabriel tem clareza sobre o papel das crianças nesse cenário de transformação do planeta. "As crianças são o futuro do mundo. E as crianças, sabendo demais e mais, elas vão ficar por dentro, sabendo como cuidar do nosso mundo e não deixando ele ser destruído. Cuidar do cerrado é cuidar de nós mesmos", sinaliza João Gabriel.
Além do debate para restringir o uso de sacolinhas plásticas, agora em 2025 as crianças estão focadas em propostas para preservação da fauna e da flora locais. Um dos desafios, por exemplo, é a concluir a despoluição completa do icônico rio Vermelho, o mesmo que protagoniza versos de Cora Coralina e atravessa toda a área urbana da cidade. Segundo o prefeito, a mobilização comunitária em torno do meio ambiente tem ajudado a dar corpo para esse tipo de reivindicação e, até 2027, a prefeitura promete, em parceria com o governo do estado, encerrar todos os pontos de despejo de esgoto sobre o rio.
Para Pedro Novaes, diretor de programação do Fica, o Fórum Infantil reflete uma preocupação do festival que vai além do evento em si.
"A cidade não pode ser só um palco para o festival e eu acho que o próprio festival, ao longo dos anos, soube ouvir isso, amadurecer esse olhar e essa relação com a cidade. Agora, tenta-se fazer o festival no diálogo mais amplo e profundo possível com a cidade, com impactos duradouros, como é o caso do Fórum Infantil de Mudanças Climáticas", analisa.
O festival reúne mostras competitivas de cinema, oficinas, atrações culturais, atividades ambientais, sessões para o público infantil e shows musicais, além de fóruns e debates com grandes nomes do cinema nacional e internacional.
Entre as personalidades presentes estão o ambientalista, escritor e líder indígena Ailton Krenak e os cineastas João Moreira Salles e Vincent Carelli.
Ao todo, 30 filmes de curta e média metragens e 12 obras de longa-metragem estão disputando as premiações. Uma das novidades desta edição é a criação do Fórum Indígena e de Povos Tradicionais.
Entre as atrações musicais, o Fica 2025 terá shows dos cantores Zeca Baleiro, Mart'Nália e da banda Os Paralamas do Sucesso. Toda a programação é gratuita.
*A equipe de reportagem da Agência Brasil viajou a convite da organização do 26º Fica.
]]>Thiago desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e foi recebido por um grupo de militantes pró-Palestina, portando cartazes com mensagens de apoio ao país e bandeiras.
Cercado por apoiadores da causa, que fizeram reverberar pelo saguão do terminal palavras encorajadoras, o líder explicou que vestia ainda o uniforme que lhe deram ao ser encaminhado a uma cela solitária, onde ficou por dois dias. Ele classificou como "extremamente solícita" a representação diplomática, que o auxiliou no momento da detenção.
Como protesto, ele fez greve de fome. Aos jornalistas, ressaltou que sua cela ficava em uma masmorra que aparentava ser muito antiga, mas que ele sabia que tinha apenas cerca de 80 anos. Ainda segundo ele, a investida contra os tripulantes da flotilha não foi mais intensa por causa da presença da eurodeputada Rima Hassan.
Em entrevista depois do desembarque, Ávila foi questionado sobre eventuais agressões que as forças israelenses podem ter infligido contra ele. Com um ar de tranquilidade, respondeu que as violações de direito que sofreu, sobretudo, por ter projeção, são "uma fração" muito pequena se comparadas às violências a que os palestinos são submetidos.
Ávila observou que Israel tentou fazer uma "manobra publicitária" para vender a impressão de que os ativistas estavam sendo bem recepcionados, ao mesmo tempo em que, na realidade, foram forçados a documentos dizendo que tinham entrado na região de modo ilegal.
Ele esclareceu que não assinou nenhum documento e que as autoridades determinaram o banimento dele no país por um século.
Ávila acredita que o governo brasileiro deveria romper relações com Israel e entende que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia, inclusive, interpretar o cenário posto como uma oportunidade de sair ainda maior com esse gesto. Para Ávila, é urgente que o Brasil se desligue dessa "ideologia odiosa".
"Tudo que eles têm são suas armas, seu ódio, seu exército", declarou. Ao chegar ao aeroporto, ele se reencontrou com sua esposa e sua filha de sete meses.
Em relação à cobertura midiática do conflito, Ávila disse estar ciente de que, muitas vezes, os repórteres pretendem contar a verdade, mas esbarram em posições contrárias de seus superiores nas redações. "Nem sempre as estruturas permitem [isso] aos trabalhadores", observou.
Ávila argumentou que é preciso separar antissemitismo de antissionismo e lembrar que há judeus em todo o mundo apoiando os palestinos e se opondo ao massacre promovido por Israel. Os povos já conviveram em harmonia, observou. "O imperialismo britânico e o sionismo destruíram esse sonho de viver em paz", observou.
Por fim, ele defendeu que todos se unam contra o que ele classifica como "o inimigo número 1", o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A resposta que os opositores de Israel dão é a corrente de solidariedade, afeto, amor e a persistência, finalizou.
]]>
O assessor-chefe especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, disse à Agência Brasil que é preciso tomar medidas coerentes com princípios humanitários.
"Pessoalmente, acredito que a escalada dos massacres em Gaza, que constituem verdadeiro genocídio com milhares de civis mortos, incluindo crianças, é algo que não pode ser minimizado. O Brasil precisa, inclusive, por meio das medidas apropriadas, ser coerente com os princípios humanitários e de direito internacional que sempre defendeu", afirmou.
Nesta semana, Amorim recebeu um grupo de 20 parlamentares e outras lideranças que vieram pedir ao governo que rompa relações diplomáticas e comerciais com o Estado de Israel.
No início deste ano, o governo já havia cancelado a compra de blindados israelenses que estava prevista pelo Ministério da Defesa em função da situação de Gaza.
O governo avalia que o rompimento de relações diplomáticas seria algo delicado e complexo e que poderia prejudicar tanto os brasileiros que vivem em Israel, quanto os palestinos, diante do fim da possibilidade de contato com Tel Aviv.
Por isso, o governo considera que o rompimento de relações militares, com suspensão de contratos e cooperação nesse setor, pode ser uma resposta adequada à escalada da violência e do cerco contra a Faixa de Gaza e os palestinos, incluindo a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerados ilegais pelo direito internacional.
Ao sair da reunião com Amorim, a deputada Natália Bonavides (PT-RN), que articulou o encontro, explicou que o governo estuda essas medidas e pode anunciar "nos próximos dias" ações relacionadas a esse tema.
"Simplesmente, um extermínio que está sendo televisionado. O Brasil tem tido um papel importante nesse tema ao longo da história. E o presidente Lula, inclusive, vem denunciando o genocídio desde o início e viemos pedir que o Brasil tome medidas efetivas, adote sanções, que inclusive são respaldadas pelo direito internacional. É desumano. Se a gente naturaliza a barbárie, a maldade no mundo não tem limites", informou em uma rede social.
Tem crescido o movimento pelo rompimento das relações entre Brasil e Israel. força. As federações de petroleiros têm solicitado que a Petrobras pare de vender petróleo a Israel.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) publicaram carta aberta ao governo pedindo que a Petrobras pare de vender petróleo ao governo de Israel.
"Hoje, é evidente a necessidade urgente de um embargo global total de energia e armas para frear o genocídio, além de desmantelar o apartheid e a ocupação ilegal por Israel. Exigir a responsabilização por crimes de guerra e impor sanções não apenas como um dever moral, mas também como responsabilidade legal de todos os Estados", disseram as federações, em nota conjunta.
O movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado por palestinos, pede há anos boicote contra Israel em resposta à ocupação ilegal da Cisjordânia e ao cerco contra a Faixa de Gaza, que ocorre pelo menos desde 2007.
Israel considera que o BDS representa ameaça à existência do Estado israelense e encara o movimento como tentativa de deslegitimar Israel frente à comunidade internacional, além de visar prejudicar sua economia.
]]>A operação retirou de circulação duas linhas de produção em pleno funcionamento, que fabricavam e comercializavam produtos falsificados de marcas renomadas que eram distribuídas para vários estados do país.
As equipes encontraram grande quantidade de embalagens e rótulos, além de produtos químicos utilizados na produção das substâncias que eram posteriormente envasadas. Os dois locais foram periciados pela polícia técnica e interditados.
Em um desdobramento da ação, os agentes apreenderam um caminhão carregado de cosméticos falsificados que seriam revendidos por meio de plataformas online.
]]>De acordo com denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, os investigados atuam como gerentes do tráfico, seguranças armados e vigias dos pontos de venda no Complexo de Israel, liderados por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o "Peixão", considerado um dos principais líderes do tráfico de drogas no estado.
Entre os denunciados estão responsáveis por ações contra a polícia, como ataques a viaturas, blindados e tentativa de derrubada de aeronaves, além de instalação de barricadas, imposição de toque de recolher, intolerância religiosa e uso de drones para vigiar a atuação da polícia nas comunidades.
A facção criminosa domina as comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau, dificultando a atuação do Estado e promovendo o aliciamento de novos integrantes.
Os criminosos utilizam a tática de atirar contra os ônibus urbanos e intermunicipais que trafegam pela Avenida Brasil, a principal via expressa do Rio, para atingir as pessoas em deslocamento para o trabalho.
]]>A seleção brasileira lutou, levou o jogo para tie-break, mas foi superada por Cuba por 3 sets a 2 pela segunda rodada da Liga das Nações 2025 masculina.
O Brasil volta à quadra do Maracanãzinho no sábado, às 10h, contra a Ucrânia! pic.twitter.com/wlixYe5WWH— Vôlei Brasil (@volei) June 12, 2025
Após o revés, o Brasil ocupa a terceira colocação da classificação com quatro pontos. Na estreia na competição, a equipe comandada pelo técnico Bernardinho derrotou o Irã por 3 sets a 0 (parciais de 25/19, 25/16 e 25/18).
Na partida desta quinta, o oposto Darlan foi o destaque da seleção brasileira, com 21 pontos (19 de ataque e 2 de saque). O próximo compromisso do Brasil na VNL será diante da Ucrânia, a partir das 10h (horário de Brasília) do próximo sábado (14).
]]>Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.875 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (12). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 100 milhões para o próximo sorteio.
Os números sorteados foram: 06 - 15 - 31 - 38 - 40 - 49
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de sábado (14), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.
]]>Em quatro semanas, o número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano ado, registrando aumento de 91%. Essa alta atípica de ocorrências se concentra principalmente nos estados das regiões centro-sul. A influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG em grande parte do país.
Apenas em alguns estados - Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo e no Distrito Federal - o estudo começa a verificar um sinal de interrupção do crescimento ou início de diminuição de casos. No entanto, a incidência de hospitalizações por SRAG nessas regiões continua muito elevada. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 23, entre 1º e 7 de junho.
Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, avalia que a influenza A tem causado o maior número de casos de SRAG no país, afetando todas as faixas etárias, mas com maior impacto nos idosos. Além disso, o VSR tem contribuído para a alta de casos de SRAG, sendo a principal causa de hospitalização de crianças.
"Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país", enfatiza a pesquisadora. Tatiana também recomenda, que, em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, seja recomendado o uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com muita aglomeração.
Segundo o boletim InfoGripe, os casos de SRAG em crianças pequenas, associados ao VSR, seguem em crescimento na maior parte do país. Contudo, é possível observar sinais de interrupção do aumento ou início da queda em algumas áreas do Centro-Oeste (Distrito Federal e Goiás), Sudeste (São Paulo e Espírito Santo) e no Norte (Acre). Ainda assim, os níveis seguem elevados nessas regiões.
Em relação aos idosos, observa-se um aumento em Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Além disso, Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Luís também apresentam tendência de crescimento entre jovens e adultos.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A; 0,8% para influenza B; 45,5% para vírus sincicial respiratório; 16,6% para rinovírus; e 1,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, a presença desses vírus foi de 75,4% para influenza A; 1% para influenza B; 12,5% para VSR; 8,7% para rinovírus; e 4,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
]]>Ao todo, foram selecionados 56 planos de negócios para a próxima fase, de elaboração do Plano de e Conjunto (PSC), totalizando R$ 45,8 bilhões.
Esses minerais são considerados fundamentais para aplicações em baterias, motores elétricos, painéis solares, eletroeletrônicos, e tecnologias relacionadas à economia verde e à indústria de baixo carbono.
O Nordeste foi a região com maior volume de investimentos dos projetos selecionados, 41% do total, distribuídos em 13 projetos (23% do total). Somados, Norte e Nordeste foram responsáveis por 32% do número de projetos selecionados e, em valor, correspondem a 56% do total dos projetos aprovados.
Entre os estados, Minas Gerais foi o estado com o maior número de projetos selecionados (20) e maior volume de investimentos (35% do total), seguido da Bahia, 9 projetos e 25% dos investimentos.
>> Siga o perfil da Agência Brasil no Facebook
Após a seleção, os planos escolhidos receberão indicação de instrumentos financeiros do BNDES e da Finep que poderão ser utilizados para apoiar a realização dos empreendimentos. A lista das empresas selecionadas está disponível neste link.
Entre os selecionados estão: dez projetos direcionados para terras raras; oito, para lítio; seis, para grafite; quatro, para cobre; e quatro, para silício. Há também projetos para níquel, titânio e minerais do grupo da platina. Alguns projetos podem contemplar mais de um mineral.
Aberta em janeiro deste ano, a chamada pública recebeu 124 propostas de empresas e consórcios interessados em desenvolver soluções tecnológicas e industriais para atender à demanda crescente por materiais críticos. Cada proposta deveria apresentar apenas um Plano de Negócio, com necessidade de financiamento superior a R$ 20 milhões.
"Esses minerais, além de serem críticos para o avanço da transição energética, estão no centro de uma disputa global por capacidades produtivas ligadas às novas indústrias, como é o caso das baterias e dos veículos elétricos. O Brasil possui condições únicas para se tornar um grande produtor desses materiais, com baixas emissões e melhores padrões de sustentabilidade. Ao apoiar esses investimentos, por orientação do presidente Lula, o banco contribui para a autonomia tecnológica e a sustentabilidade ambiental do Brasil, posicionando o país como protagonista da economia de baixo carbono", afirmou, em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Para o presidente da Finep, Elias Ramos, "ao apoiar esses investimentos, contribuímos diretamente para a autonomia tecnológica, posicionando o país como protagonista de uma economia de baixo carbono".
]]>
Em nota, o CBO informou que, por meio de acordo firmado com o CNJ, a oferta de cuidados oftalmológicos ou a integrar o rol de serviços oferecidos pelo Programa Pop Rua Jud. A estimativa é que mais de 1,2 mil pacientes em por consultas com médicos oftalmologistas ao longo do período dos mutirões.
O cronograma definido, até o momento, é o seguinte:
No Acre e em um município a ser definido no interior do Tocantins, as datas também não foram escolhidas.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Ainda segundo a entidade, antes da formalização da parceria, quatro mutirões de atendimento em saúde ocular já foram realizados este ano. Em uma das ações mais recentes, com o apoio da Justiça Federal de Alagoas e da Comissão de População de Rua, 190 pessoas aram por atendimento oftalmológico.
"No começo desta semana, 137 receberam os óculos, conforme prescrição feita pelo médico oftalmologista durante a consulta. O número representa 72% dos atendimentos", destacou o CBO.
Outras 11 pessoas atendidas pelo mutirão foram encaminhadas para tratamentos mais complexos.
Conforme protocolos estabelecidos, os pacientes são avaliados por um médico oftalmologista e fazem exames específicos. Caso tenham problemas de refração, recebem óculos de grau a custo zero e, se a doença em questão exigir acompanhamento ou procedimentos mais complexos, são encaminhados para atendimento em ambulatórios do Sistema Único de Saúde (SUS).
]]>"Dessa forma, pacientes diagnosticados — ou com suspeita — de condições oculares como glaucoma e retinopatia diabética, doenças altamente prevalentes e de evolução silenciosa, terão a oportunidade de iniciar o acompanhamento adequado por meio do encaminhamento aos serviços especializados de oftalmologia locais. Essa medida é fundamental para evitar a progressão para deficiência visual grave ou mesmo a cegueira nesses casos", destacou o Conselho.
Essas má formações também são a terceira maior causa de morte neonatal no Brasil. Mas no Dia Nacional de Conscientização da Cardiopata Congênita - 12 de junho - a diretora médica da organização Pró Criança Cardíaca, Isabela Rangel, alerta que muitas mortes podem ser evitadas se a condição for diagnosticada sem atraso.
"Após o nascimento, a gente tem um teste de triagem, que é o teste do coraçãozinho. É um exame simples de oximetria feita nas maternidades, ou por pediatras, que pode identificar essas cardiopatias congênitas mais complexas e evitar que possa evoluir de forma desfavorável. A gravidade pode variar de acordo com a patologia: pode ser leve, onde o paciente não vai apresentar sintomas imediatos, até quadros mais severos, com risco iminente à vida, necessitando de abordagem logo nos primeiros dias"
A Pro Criança Cardíaca é uma instituição sem fins lucrativos que atende crianças com cardiopatia congênita gratuitamente, há 30 anos, no Rio de Janeiro. Nesse período, já foram acolhidos mais de 16 mil pacientes. Isabela Rangel explica que os cuidadores também precisam estar atentos a sinais de alerta que o bebê pode apresentar como:
- Cianose, que se identifica pela coloração azulada nos lábios, mãos ou pés
- Sudorese intensa mesmo em repouso
- Palidez durante o choro
- Respiração acelerada
- Cansaço
- Dificuldade para ganhar peso
A médica explica que essas más-formações podem ter causa genética, mas também ambiental, como a infecção por algumas doenças, a exemplo da rubéola, ou o uso de determinados entorpecentes ou medicamentos contraindicados durante a gestação. Além disso, o risco é maior em fetos de gestantes com idade mais avançada e diabetes não controlada. A Síndrome de Down também tem grande associação com a cardiopatia congênita.
Nesses casos, é imprescindível examinar com mais atenção o desenvolvimento do coração do feto, realizando, por exemplo, um ecocardiograma fetal, exame de ultrassonografia que avalia o coração do bebê ainda dentro da barriga.
"O ideal seria que todas as gestantes fizessem esse exame, mas por enquanto isso ainda não é possível. Mas, se durante a gestação, for feito o ecocardiograma fetal e diagnosticada uma cardiopatia congênita, ou tenha sido suspeita uma cardiopatia congênita, é importante que a equipe obstétrica já oriente essa mãe para que ela tenha o bebê em um hospital que tenha condições de recebê-los, confirmar ou não a cardiopatia e ter o manejo adequado"
Isabela Rangel acrescenta que com as técnicas cirúrgicas e os medicamentos atuais, grande parte das crianças diagnosticadas precocemente e tratadas adequadamente, pode crescer e viver com qualidade.
]]>"Após mais de 72 horas de detenção em Israel após a interceptação ilegal da Flotilha da Liberdade Madeleine, as autoridades de imigração israelenses informaram à Adalah, a equipe jurídica que representa os detidos, que seis voluntários foram transferidos para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, aguardando deportação", diz comunicado da Organização Adalah, que defende os direitos humanos em Israel. "Até agora, os advogados da Adalah estão tendo dificuldades em visitar eles no aeroporto", completou a organização, em nota.
Thiago está há quatro dias em greve de fome em protesto contra sua detenção, que considera um sequestro por ter ocorrido em águas internacionais. O caso é tratado como crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Brasil. O Itamaraty, que acompanha o caso, considera que houve violação do direito internacional e pede a libertação de Thiago.
O ativista brasileiro foi enviado ontem (11) para uma cela solitária como punição pela greve de fome, informaram ainda os advogados que acompanham o caso. Sua família, no Brasil, está sem contato com ele desde a última segunda-feira (9), quando foram interceptados pelas forças israelenses.
Israel ainda mantém na cadeia de Givon dois ativistas, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, ambos da França. Segundo a Adalah, eles devem ser deportados nesta sexta-feira.
Oito dos 12 ativistas se negaram a documento reconhecendo que cometeram o crime de tentarem entrar de forma ilegal no país, como queriam as autoridades israelense. Isso impediu a deportação imediata dessas pessoas.
Segundo a Flotilha, o grupo concordou que a ambientalista Greta Thunberg e outros três ativistas assinassem o documento para que, voltando a seus países, pudessem denunciar a situação.
O grupo de 12 ativistas da Flotilha da Liberdade tentou desembarcar em Gaza por meio da embarcação Medeleine na última segunda-feira como forma de levar alimentos e remédios para população palestina, denunciar o cerco de Israel e tentar abrir um corredor humanitário para Gaza.
Cerca de dois milhões de palestinos vivem mais de três meses de bloqueio de Israel, que permite apenas que empresa sediada nos Estados Unidos forneça alimentos à população.
A ONU condena o bloqueio de outras organizações e alerta que seis mil caminhões com ajuda humanitária estão na fronteira com o Egito aguardando para ingressar em Gaza.
Os centros de distribuição e alimentos controlados por Israel são tidos como insuficientes e, durante as entregas, são registradas dezenas de assassinatos de palestinos.
]]>O conselho de governadores do órgão de vigilância nuclear da ONU declarou que o Irã violou suas obrigações de não-proliferação, nesta quinta-feira (12). O país do Oriente Médio anunciou contramedidas, enquanto as tensões aumentam na região antes de novas negociações nucleares do país com os Estados Unidos.
Autoridades dos EUA e do Irã realizarão uma sexta rodada de negociações sobre o programa de enriquecimento de urânio acelerado de Teerã em Omã no domingo (8), disse o ministro das Relações Exteriores de Omã nesta quinta-feira.
Mas os temores de segurança aumentaram desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira (11) que cidadãos norte-americanos estavam sendo retirados da região porque "poderia ser um lugar perigoso" e que Teerã não teria permissão para desenvolver arma nuclear.
O conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que o Irã violou suas obrigações de não-proliferação pela primeira vez em quase 20 anos, aumentando a perspectiva de reportá-lo ao Conselho de Segurança da ONU.
A medida é o ponto culminante de vários imes entre a AIEA, sediada em Viena, e o Irã desde que Trump retirou os EUA de um acordo nuclear entre Teerã e grandes potências em 2018 durante seu primeiro mandato, após o qual o acordo se desfez.
Uma autoridade da AIEA disse que o Irã respondeu informando ao órgão de vigilância nuclear que planeja abrir uma nova instalação de enriquecimento de urânio.
A ação do Irã é uma das várias medidas que estão sendo tomadas por causa da resolução, disse a TV estatal iraniana. O funcionário da AIEA, que falou sob condição de anonimato, afirmou que o Irã não forneceu mais detalhes, tais como a localização da instalação.
Behrouz Kamalvandi, porta-voz da organização de energia atômica do Irã, disse à TV estatal que Teerã havia informado a AIEA sobre duas contramedidas, incluindo "a atualização das centrífugas em Fordow (usina de enriquecimento) da primeira para a sexta geração, o que aumentará significativamente a produção de urânio enriquecido".
O enriquecimento pode ser usado para produzir urânio para combustível de reator ou, em níveis mais altos de refinamento, para bombas atômicas. O Irã afirma que seu programa de energia nuclear é apenas para fins pacíficos.
Reiterando a posição do Irã de que não abandonará o direito ao enriquecimento nuclear como signatário do Tratado de Não Proliferação, uma autoridade sênior iraniana disse à Reuters que as tensões crescentes na região têm a intenção de "influenciar Teerã a mudar sua posição sobre seus direitos nucleares".
Os Estados Unidos estão preparando uma retirada parcial de funcionários de sua embaixada no Iraque e permitirão que familiares de militares deixem locais no Oriente Médio devido ao aumento dos riscos de segurança na região, disseram fontes norte-americanas e iraquianas na quarta-feira.
As quatro fontes não especificaram quais riscos de segurança motivaram a decisão de retirada, e o Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os preços do petróleo subiram com a notícia da retirada parcial.
O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou repetidamente atacar o Irã se as negociações sobre seu programa nuclear fracassarem. Ele disse ainda que estava cada vez menos confiante de que Teerã concordaria em parar de enriquecer urânio, uma exigência norte-americana.
O ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, também disse na quarta-feira que o Irã retaliaria as bases norte-americanas na região se as negociações nucleares fracassassem e o país fosse submetido a ataques.
Os Estados Unidos têm presença militar no Iraque, Kuweit, Catar, Barein e Emirados Árabes Unidos.
]]>A vítima e o mandante do crime, Rogério de Andrade, são, respectivamente, genro e sobrinho de Castor de Andrade, que morreu em abril de 1997, no Rio de Janeiro. Castor comandou o jogo do bicho na zona oeste da capital carioca por décadas.
As provas foram entregues pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) que reuniu documentos de prova considerados suficientes pelo STF.
A conclusão consta de decisão do ministro Nunes Marques, relator da reclamação apresentada pela defesa do investigado, que buscava o trancamento da ação penal. Com a decisão, o bicheiro permanecerá em presídio federal. Rogério de Andrade está cumprindo pena no presídio federal em Mato Grosso do Sul.
Na decisão, o ministro Nunes Marques rejeitou os argumentos da defesa, que alegava descumprimento de decisão anterior da Segunda Turma do STF. Naquela ocasião, a Corte havia determinado o trancamento de uma ação penal por entender que a denúncia apresentava fragilidade probatória.
No entanto, conforme ressaltado pelo ministro, "a decisão do STF autorizava o oferecimento de nova denúncia caso surgissem novos elementos de prova — o que, segundo o ministro, foi efetivamente demonstrado pelo MPRJ".
Com a decisão, permanece válida a nova denúncia apresentada pelo MPRJ, acolhida pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Capital. Assim, também, os mandados de prisão contra Rogério de Andrade e Gilmar Eneas Lisboa. Gilmar é apontado como responsável pelo monitoramento da rotina de Fernando Iggnácio.
Fernando Iggnácio foi assassinado no heliporto do Recreio dos Bandeirantes, quando voltava de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, onde tinha uma casa de praia. Ao descer do helicóptero e se dirigir ao carro, foi atingido por tiros de fuzil AK-47, um deles na cabeça.
De acordo com a denúncia, oferecida à 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, o crime foi cometido por Rodrigo Silva das Neves, Ygor Rodrigues Santos da Cruz (conhecido como Farofa), Pedro Emanuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro e Otto Samuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, a mando de Rogério de Andrade e Silva (chamado de Patrão).
No dia do crime, por volta das 9h, os quatro primeiros denunciados chegaram de automóvel, tendo três deles invadido o terreno baldio que faz divisa com o heliporto, munidos de, pelo menos, dois fuzis.
]]>Em um dos postos, a equipe constatou que a gasolina comercializada apresentava 59% de etanol, ou seja, valor significativamente superior ao limite permitido pela legislação vigente. O gerente e um frentista foram levados para a 94ª Delegacia de Polícia (Piraí) onde prestaram esclarecimentos. O estabelecimento foi acautelado.
Na ação, a equipe interditou um revendedor de Gás Natural Veicular (GNV), porque operava o sistema de compressão com os cilindros de armazenagem com a certificação de segurança vencida.
Também foram inspecionados o funcionamento das bombas medidoras, com o objetivo de verificar se o consumidor realmente estava recebendo o volume solicitado. Em dois postos, os agentes identificaram que as bombas apresentavam erros que chegavam 2,5% quando o máximo permitido é 0,5%. Além disso, foram interditados quatro galpões que comercializavam produtos provenientes de furto e roubo de combustível.
O alto teor de etanol anidro na gasolina, além de comprometer o rendimento e causar prejuízo financeiro ao consumidor, pode provocar danos mecânicos aos motores que não são preparados para operar com essa mistura, aumentando os riscos de falhas e acidentes.
"Estamos apertando o cerco contra essa prática criminosa que, além de causar sérios prejuízos à população, pode comprometer a segurança do consumidor devido aos riscos de acidentes por falha nos veículos", disse e secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Na madrugada do último sábado (7) um homem morreu e outro ficou ferido após uma explosão em um posto de gasolina, na Praça da Cruz Vermelha, no centro do Rio. O acidente ocorreu durante o abastecimento do cilindro de um veículo com gás natural veicular (GNV).
Guaraci Ferreira Costa, de 64 anos, e Paulo dos Santos, de 61 anos, foram socorridos por agentes do Corpo de Bombeiros e levados ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas Guaraci não sobreviveu aos ferimentos. Paulo dos Santos foi internado em estado grave, mas dois dias depois não resistiu aos ferimentos e também morreu.
]]>De acordo com o Ministério da Fazenda, as medidas foram acertadas entre o ministro Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de lideranças das Casas Legislativas.
>> e aqui o Decreto 12.499
>> e aqui a Medida Provisória 1.303
O governo anunciou, no final de maio, um bloqueio e um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões para atingir a meta definida pela lei do arcabouço fiscal. Além disso, foi editado decreto com alta do IOF que previa arrecadar mais R$ 20 bilhões neste ano.
A medida sofreu resistência do mercado financeiro e do Congresso Nacional, o que levou o governo a negociar uma MP alternativa ao decreto do IOF.
Sem essa alternativa, o governo teria que contingenciar mais gastos federais neste ano, o que impactaria ainda mais o funcionamento da máquina pública, atingindo as emendas parlamentares dos deputados e senadores.
* Com informações do Ministério da Fazenda
]]>O colegiado rejeitou recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra a empresa Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em que pedia a suspensão das obras, sob argumento de que a obra causa danos a estrutura do morro, ao meio ambiente e privilegia interesses privados.
De acordo com o ministro Francisco Falcão, relator do caso, a descontinuidade das obras causaria mais prejuízos do que a conclusão do empreendimento, em razão da "manutenção de tapumes e lonas que envolvem os morros, instalados por motivos de segurança".
Em decisão do dia 1º de junho de 2023, a Justiça Federal determinou, em caráter liminar, a paralisação das obras no alto dos morros. Na ocasião, foi acatada ação do MPF. Segundo a instituição, a perfuração para a tirolesa retirou quase 130 metros cúbicos de rochas dos morros do Pão de Açúcar e da Urca, entre 15 de setembro de 2022 e 17 de janeiro de 2023, volume equivalente a uma piscina média de material geológico.
Em julho do mesmo ano, o TRF2 manteve a suspensão da autorização para instalação da tirolesa. Mas depois reverteu a decisão, alegando que 95% da obra estavam concluídas e a paralisação traria mais prejuízos em comparação à finalização.
O projeto prevê quatro linhas de tirolesa, em uma descida de 55 metros de extensão, com velocidade máxima de 100 quilômetros por hora (km/h). A duração do percurso será de quase 50 segundos. Até 100 pessoas poderão usar a tirolesa por hora.
]]>O texto altera o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos. Pela proposta, o crime de homicídio qualificado, que é punível com reclusão, de 12 a 30 anos, terá sua pena aumentada de um terço à metade quando praticado nas dependências de instituição de ensino e a vítima for pessoa com deficiência ou com doença que acarrete condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental.
A pena será aumentada em dois terços caso o autor seja ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título ter autoridade sobre ela ou, ainda, ser professor ou funcionário da instituição de ensino.
O projeto também torna hediondos os crimes de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte, quando praticadas nas dependências das instituições de ensino.
Segundo o relator do projeto, senador Fabiano Contarato (PT-ES), pesquisas apontam que os episódios de violência escolar aumentaram substancialmente em um período de dez anos. Em 2013, foram registrados 3.771 casos. Já em 2023, foram 13.117, sendo que metade das ocorrências dizia respeito à violência física. Ao longo desses anos, a curva só foi descendente em 2020 e 2021, quando houve o lockdown em razão da pandemia de covid-19.
"Isoladamente, o recrudescimento da resposta penal aos casos de violência nos estabelecimentos de ensino não vai eliminar esse problema, mas é um importante fator dissuasório, o qual, ao lado de outras medidas, pode contribuir para o enfrentamento dessa alarmante questão", apontou o senador.
O texto também torna hediondos os mesmos crimes quando praticados contra autoridades ou agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares e também contra membro do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, ou oficial de Justiça, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente, inclusive por afinidade, até o terceiro grau, em razão dessa condição.
]]>"Já são quase nove anos do rompimento da participação social aqui na EBC. Agora, após grande mobilização da sociedade civil, retomamos esses fóruns de discussão que são uma premissa da comunicação pública", afirmou o diretor-presidente da EBC, Jean Lima, aos membros dos comitês, durante reunião nesta quarta. "A gente recebe com muito afeto e carinho todos os membros, para que possamos trabalhar juntos no fortalecimento da comunicação pública, da EBC. Vai ser uma troca de experiências e de demandas que vai nos ajudar a crescer. Coloco toda a direção da EBC à disposição de vocês", disse.
O momento representa um marco histórico para a EBC, que em 2016 teve extinto seu Conselho Curador, com representantes do governo e da sociedade civil e que visava dialogar com a pluralidade dos diversos atores sociais. Os comitês foram instalados após então presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, publicar, na última quinta-feira (5), decreto designando membros para o Comep. Os representantes do ADI foram nomeados em 2024, com a Portaria-Presidente nº 634/2024.
Os membros dos dois comitês foram escolhidos em processo eleitoral ocorrido no ano ado e aberto para toda a sociedade civil.
"Temos uma grande diversidade de pessoas e representações, inclusive territorial. Acho que esse foi um grande avanço que fizemos no processo de participação social aqui na EBC. Agradeço a todos pela disponibilidade e pelo comprometimento", afirmou Jean Lima.
Com a instalação dos comitês, a EBC reafirma seu compromisso com a o fortalecimento e a democratização da comunicação pública, promovendo a participação ativa da sociedade na construção de conteúdos que reflitam a diversidade e pluralidade do país. Os comitês se reunirão para eleger presidentes e aprovar o regimento nos dias 8 e 9 de julho. Depois, as reuniões serão realizadas mensalmente, no caso do Comep, e trimestralmente, no caso do ADI.
O Comep tem como objetivo promover a participação da sociedade civil no acompanhamento da aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, observando a pluralidade da sociedade brasileira.
Já o ADI é responsável por acompanhar as diretrizes da programação veiculada pelas emissoras de comunicação pública operadas pela EBC, com foco na promoção da participação social, diversidade social, cultural, regional e étnica. Além disso, o comitê visa assegurar a pluralidade de ideias na abordagem dos fatos, estimulando a produção regional e independente e promovendo conteúdos educativos, artísticos, culturais, científicos e informativos.
Os comitês contam com representantes de emissoras públicas de rádio e televisão; do setor audiovisual independente; dos veículos legislativos de comunicação; da comunidade científica e tecnológica; de entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes; de entidades da sociedade civil de defesa do direito à comunicação; dos cursos superiores de educação; de organizações gerais da sociedade civil; de emissoras públicas integrantes da Rede Nacional de Comunicação Pública (RN); e dos empregados da EBC.
>> Clique para ver todos os membros do Comep e do ADI.
Além dos dois comitês, integram o Sinpas a Ouvidoria e a Assessoria Especial de Participação Social da EBC.
]]>Formada pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp), pelo Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin) e pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), o Coeduc diz considerar essa decisão do prefeito "arbitrária".
Para Letícia Grisólio Dias, vice-presidente do Sinesp e supervisora escolar na rede municipal de educação de São Paulo, o projeto de privatização é uma "grande ameaça" para os trabalhadores da educação e também para a população.
Ela cita a ausência de recursos destinados ao município através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), devido às travas que não permitirão que esses recursos sejam empregados nesse tipo de gestão privada.
"E temos também os pontos pedagógicos. Nossas unidades têm projetos políticos pedagógicos que dialogam com as suas necessidades. São construções de identidade, são construções sociais e que, em um sistema privatizado, a gente tem dúvidas [de que vai funcionar adequadamente]", disse ela.
"Temos grandes preocupações com o uso de plataformas e sistemas de ensino que não dialogam com as realidades, principalmente aqui dos diferentes territórios do município. A gestão privada, trabalhando com uma grande massa, pode não enxergar as nossas inúmeras diferenças e algo que, nós, numa gestão democrática, acabamos por considerar muito mais. Então, temos trabalhado com o fato de que não haverá gestão democrática se não houver gestão pública", enfatizou.
Outra grande preocupação, alertou ela, diz respeito à contratação de professores, que atualmente são concursados.
"Se houver a privatização desse serviço, nós não teremos mais a garantia de servidores de carreira exercendo as suas funções ou seus cargos para continuidade dessas políticas públicas, o que também vai gerar um grande impacto na própria previdência municipal", falou a sindicalista, em entrevista à Agência Brasil.
Recentemente, a Secretaria Municipal de Educação informou que três escolas municipais de ensino fundamental (EMEFs) estão em construção nas regiões do Campo Limpo, Pirituba/Jaraguá e Santo Amaro e que elas serão geridas, de forma compartilhada, por organizações da sociedade civil, modelo que já tem sido aplicado na EMEF Liceu Coração de Jesus. De acordo com a prefeitura, isso visa "suprir o déficit de vagas nessas regiões". A prefeitura não informou o valor que está sendo investido para a construção dessas escolas, que depois serão concedidas.
O edital de chamamento público ainda está sendo elaborado, mas a prefeitura informou à Agência Brasil que espera publicá-lo em meados de agosto.
O governo de São Paulo também tem buscado conceder escolas públicas à iniciativa privada. Em abril, por exemplo, o governo paulista autorizou a publicação de um edital de licitação para transferir para a iniciativa privada a gestão de 143 escolas públicas do estado.
Neste caso, a concessão faz parte da Parceira Pública Privada (PPP) de Novas Escolas, proposta pelo governo de Tarcísio de Freitas, e prevê que a iniciativa privada se torne gestora dos serviços não pedagógicos das escolas estaduais, tais como limpeza, manutenção, alimentação, vigilância e internet.
No caso do prefeito Ricardo Nunes, no entanto, a entidade contratada pela istração municipal ficaria responsável por toda a istração, inclusive pela contratação de professores.
Ambos os projetos têm sido alvo de questionamentos na Justiça. No caso do projeto da istração municipal, na semana ada o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) deu o prazo de 15 dias para que a Secretaria Municipal de Educação forneça informações sobre o projeto de concessão da gestão das escolas da rede pública à iniciativa privada.
"Diante da relevância do tema e dos impactos esperados na política educacional do município, o conselheiro Eduardo Tuma encaminhou um ofício com 12 eixos de questionamentos à Secretaria Municipal de Educação. O documento solicita informações detalhadas sobre a estrutura da proposta, os critérios de seleção das escolas e das entidades gestoras, os parâmetros pedagógicos e financeiros envolvidos, e os mecanismos de controle e fiscalização que serão adotados", informou o TCMSP.
Na última sexta-feira (6), docentes, gestores e familiares de alunos fizeram uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação.
]]>"A Coeduc continuará denunciando os ataques do governo à educação e aos seus profissionais. Vamos realizar atos, caminhadas e trazer a população cada mais para participar deste movimento conosco. Continuaremos lutando contra as intervenções nas escolas, contra a terceirização e privatização do ensino municipal e em defesa da educação pública, gratuita e estatal para todos, da creche à universidade", disse, na ocasião, Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem.
De acordo com a Polícia Federal, estes documentos estariam sendo usados para a obter registros em conselhos profissionais e exercer ilegalmente as profissões.
O principal suspeito de liderar o esquema foi alvo da operação, além de diversos beneficiários da fraude, que teriam adquirido diplomas falsos em áreas como saúde, engenharia, direito, educação física, entre outras.
Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em cidades de outros 11 estados:
>> Siga o perfil da Agência Brasil no Instagram
Durante o cumprimento dos mandados de buscas e apreensão, os agentes da PF também realizaram uma prisão em flagrante no Piauí, ao encontrarem uma arma de fogo adulterada. O artefato era uma arma de pressão e foi transformada em arma de fogo.
As investigações tiveram início após a identificação de um diploma falso apresentado para registro profissional.
A partir da análise do documento, os policiais descobriram um site fraudulento criado para simular um ambiente oficial de verificação de diplomas universitários.
A Polícia Federal apura a atuação de um grupo estruturado, com divisão de tarefas, envolvendo a produção, venda e uso de diplomas e históricos escolares falsificados. Adicionalmente, a PF identificou indícios de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O material era oferecido à venda por meio de redes sociais e plataformas de mensagens.
A Operação Código 451 bloqueou o site falso por determinação judicial, por violar a legislação federal brasileira. O endereço eletrônico estava hospedado em uma plataforma pública e não foi revelado pela Polícia Federal.
O ambiente digital tinha aparência legítima e disponibilizava diversos diplomas falsos em nome de terceiros. A PF já identificou, pelo menos, 33 diplomas fraudulentos associados ao site que foi bloqueado.
Os diplomas falsos abrangiam cursos de direito, psicologia, engenharias, biomedicina, fisioterapia, istração, educação física, entre outros.
A Polícia Federal avisa que também comunicou os conselhos profissionais competentes, para que sejam adotadas as medidas istrativas e disciplinares cabíveis em relação aos registros obtidos por meio de documentação falsa.
Pelo menos oito pessoas que adquiriram os documentos falsos já estariam com registros ativos em conselhos de classe ─ já tinham autorização para atuar profissionalmente.
Os investigados poderão responder por falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal de profissão e receptação de documentos falsos.
]]>
Na segunda rodada de perguntas, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) criticaram o que chamaram de gastança do governo, dizendo que as medidas recentes não cobrem o déficit nas contas públicas. Antes de o ministro responder aos questionamentos, porém, eles se retiraram da audiência. Ao tratar das críticas no momento de sua fala, Haddad criticou que os parlamentares não estavam presentes e chamou o ato de "molecagem".
"Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, [veio aqui] só para aparecer. Pessoas falaram, 'agora tenha maturidade'. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazê-lo mudar de ideia", disse Haddad
"Esse tipo de atitude não é boa. Venho aqui para debater. Esse tipo de atitude de alguém que quer aparecer na rede e some. É um pouco de molecagem, e isso não é bom para a democracia", prosseguiu o ministro.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Quando havia começado a terceira rodada de perguntas dos deputados, Jordy retornou ao plenário, pediu direito de resposta e rebateu Haddad com agressividade. "Eu estava em outra comissão. O ministro nos chamou de moleque. Moleque é você, ministro, por ter aceitado um cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de [faculdade] economia. Moleque é você por ter feito que o nosso país ter o maior déficit da história. Governo Lula é pior do que uma pandemia", disparou Carlos Jordy do PL.
Nikolas também pediu questão de ordem e tentou responder, mas o deputado Rogério Correia (PT-MG), que comandava a audiência pública, não concedeu, o que levou a um bate-boca entre Correia, Jordy, Nikolas e o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que seria o próximo a falar. Sem acordo para retomar a audiência e após pedir ordem ao plenário várias vezes, Correia encerrou a audiência antes do início da terceira rodada de perguntas.
Haddad rebateu as críticas sobre as contas públicas atuais do governo. Além disso, ele repetiu que o superávit primário (economia de recursos para os juros da dívida pública) de R$ 54,1 bilhões em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), foi obtido com o atraso no pagamento de precatórios e a privatização da Eletrobras por um valor abaixo do mercado.
O ministro também ressaltou que o resultado daquele ano foi obtido com o prejuízo de cerca de R$ 30 bilhões com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com a redução artificial dos preços dos combustíveis, dinheiro devolvido pelo governo atual aos estados em 2023. Haddad mencionou ainda o pagamento recorde de cerca de R$ 200 bilhões de dividendos da Petrobras, que beneficiou o Tesouro Nacional, o maior acionista da estatal.
]]>Em protesto contra sua detenção, que considera um sequestro, Thiago iniciou uma greve de fome na noite de ontem (10), no horário de Brasília, até que seja libertado.
A decisão de deportar Thiago foi confirmada pela família do brasiliense, que tem contato com a defesa do ativista realizada pela organização Adalah, que defende os direitos humanos em Israel. Por enquanto, as autoridades israelenses não permitiram que a família conversasse pessoalmente com Thiago.
A esposa de Thiago, Lara Souza, explicou à Agência Brasil que a Corte decidiu pela deportação dos ativistas mesmo a defesa argumentando que deveriam ser libertados imediatamente "já que não cometeram crime".
"O prazo estabelecido pelas leis de Israel é de 72h após a detenção, mas foi marcada uma nova audiência para 8/7 caso ainda não tenham sido deportados. Então, até termos uma data de retorno, seguimos apreensivos", informou Lara.
"Os oito ativistas que continuam detidos foram ainda informados que estão banidos de Israel pelos próximos 100 anos, disse a Flotilha."
Thiago não foi deportado imediatamente, como a ambientalista sueca Greta Thunberg, por ter se negado a documento em que reconheceria que cometeu um crime de tentar entrar em Israel sem autorização, informou a membro da Flotilha da Liberdade Brasil, Luciana Palhares. Ela também mantém contato com a defesa de Thiago em Temleh, cidade israelense onde ele foi encarcerado.
"Ele é um preso político, por isso não aceitou culpa de crime nenhum. Eles foram sequestrados por Israel em águas internacionais", explicou Luciana. Segundo a Flotilha, o grupo concordou que a Greta e outros presos assinassem o documento para, voltando aos seus países, poderem denunciar a situação.
O brasileiro e outros 11 ativistas foram presos por Israel em águas internacionais enquanto tentavam levar alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza, que há mais de três meses sofre com um bloqueio israelense que impõe fome a quase dois milhões de palestinos.
O governo brasileiro informou que acompanhou a audiência de Thiago no Tribunal e tem prestado assistência ao ativista brasileiro. Em nota publicada na noite de ontem, o Itamaraty condenou a interceptação da embarcação dos ativistas em águas internacionais, "em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde".
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) publicou nota classificando a interceptação do navio Medeleine, da Flotilha da Liberdade, por Israel cometeu um crime de guerra e pede ao governo brasileiro suspenda as relações diplomáticas e comerciais com Tel Aviv.
"O CNDH entende que a interceptação de embarcação civil com finalidade exclusivamente humanitária, em águas internacionais, configura grave violação aos tratados internacionais ra6ficados pelo Estado de Israel, além de significar um crime de guerra em mais um episódio de impedimento à ajuda às vítimas de uma crise humanitária sem precedentes", disse o CNDH.
O governo israelense divulgou fotos dos ativistas Thiago Ávila e Greta Thunberg ironizando o barco dos ativistas como "Iate Selfie", e acrescentando que a pequena quantidade de alimentos será enviada à Gaza por "canais humanitários reais".
"Mais de 1.200 caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza vindos de Israel nas últimas duas semanas, e cerca de 11 milhões de refeições foram transferidas pelo GHF [Fundação Humanitária de Gaza] diretamente para civis em Gaza. Há maneiras de entregar ajuda à Faixa de Gaza — elas não envolvem provocações e selfies", comentou o Ministério das Relações Exteriores de Israel, em uma rede social.
As Nações Unidas (ONU) denunciam que Israel bloqueia a entrada de 6 mil caminhões com ajuda humanitária na fronteira com o Egito e condena a forma de distribuição de alimentos pela GHF, marcada por massacres contra aqueles que buscam alimentos nos centros da organização.
"Dia após dia, vítimas e dezenas de feridos são relatados em pontos de distribuição operados por empresas de segurança israelenses e privadas", informou Philippe Lazzarini, diretor-geral da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA).
Após limitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, o governo de Israel bloqueou completamente a entrada de medicamentos ou alimentos no dia 2 de março de 2025. Após forte pressão internacional, a entrega de ajuda humanitária foi retomada por meio de uma organização dos Estados Unidos (EUA) apoiada por Israel, a GHF.
As Nações Unidas (ONU) afirma que a forma de distribuição e alimentos é desumana e a quantidade é insuficiente.
"Nossos armazéns fora de Gaza estão lotados com um volume de assistência equivalente a 6.000 caminhões. Deixar a comida apodrecer e os remédios expirarem deliberadamente seria simplesmente obsceno", completou Lazzarini.
Marcha Global à Gaza
Seguindo o exemplo da Flotilha da Liberdade, milhares de ativistas de 51 países se articulam para uma marcha no Egito até a fronteira com Rafah, cidade ao sul de Gaza. Caravanas de países do Norte da África, da Turquia, e de todos os continentes esperam fazer uma marcha de três dias até Gaza para denunciar o cerco imposto por Israel à entrada de ajuda humanitária no território.
]]>
A localidade é o berço do Boi-bumbá Garantido, astro do duelo anual no bumbódromo do Festival Folclórico de Parintins, com outro boi, o Caprichoso, sempre no fim de junho.
A ligação de Suzan com o território vai além do cargo que ocupa desde 2019 na comissão de arte da agremiação, em meio a alegorias e tambores. O elo dela é ancestral.
Nascida e criada na comunidade, Suzan é, primeiramente, a bisneta do criador do boi-bumbá vermelho e branco, em 1913, Lindolfo Monteverde, um dos sete filhos de Alexandrina, apelidada de Dona Xanda. A benzedeira e artesã negra, descendente de ex-escravizados, deu nome à comunidade quilombola, localizada a 370 quilômetros de Manaus.
Suzan Monteverde, bisneta do Fundador do Boi Garantido,, por Instagram/@suzanmonteverdeSuzan foi uma das responsáveis pela mobilização iniciada em 2024, que exultou na realização de assembleias e reunião de documentos, escuta de relatos sobre ancestralidade negra, resistência e opressões sofridas pelos primeiros ocupantes daquele solo. Partes do processo que resultou, agora, na certificação de autodefinição da Baixa da Xanda como território de um quilombo.
Ela, que é também doutoranda em estudos de cultura contemporânea na Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, entende que esse reconhecimento do Estado brasileiro não é só um papel, mas "a afirmação de uma história que sempre existiu e que, por muito tempo, foi apagada".
"O Estado brasileiro está reconhecendo que aquele território tem uma história de resistência negra, de ancestralidade, de luta, de pertencimento. E de que ali ainda vivem descendentes de pessoas que fugiram da escravidão e que formaram um modo de vida baseado na coletividade, na cultura, na preservação da memória. E digo: nossos os vieram de longe e eles importam", disse emocionada Suzan Monteverde, bisneta do criador do Boi Garantido e tataraneta de Dona Xanda.
"Tem que se achar que a vida não é só isso que se vê. É um pouco mais, que os olhos não conseguem perceber". Foi lembrando os versos do samba Sei Lá Mangueira, do compositor Paulinho da Viola, que o doutor em antropologia Alvatir Carolino, de 53 anos, comemorou a emissão da Certidão de Autorreconhecimento pela Fundação Palmares.
O profissional – que também é professor titular e pesquisador do Instituto Federal do Amazonas – é o responsável pela construção do processo da Baixa da Xanda e pelo relatório antropológico que registra a trajetória histórica dessa comunidade e suas relações territoriais específicas. Toda essa documentação foi enviada à Fundação Cultural Palmares, em março deste ano.
Alvatir Carolino entende que o tempo de análise do processo pela União, na atual gestão da Fundação Palmares, cumpre o direito constitucional da titulação das terras quilombolas e não pode ser comparado com governos anteriores.
"A gente teve tempo célere de um governo que compreende a importância dessas certificações e que está em consonância com os direitos constitucionais, porque o reconhecimento de terras tradicionalmente ocupadas, a certificação de quilombos, é um direito constitucional".
O antropólogo compara o andamento desse processo à experiência de certificação de outras duas terras remanescentes de quilombos: o segundo quilombo urbano reconhecido no Brasil, o do Barranco de São Benedito, no bairro da Praça 14, em Manaus; e o quilombo do Rio Andirá, no município de Barreirinha (AM).
Somado ao lado profissional, Alvatir Carolino revelou à Agência Brasil que tem memórias afetivas com o Garantido desde os 8 anos de idade, quando representantes do boi branco e vermelho foram brincar em um festival em Manaus, em 1980, e se ligaram à família dele.
Alvatir partilha lembranças de quando teve a oportunidade de conhecer Parintins. Por todas as histórias que ouvia sobre o Boi Garantido, ele manifestou interesse em sair da área central, logo após a igreja de São Benedito, e descer até a periferia da cidade, onde se encontrou na Baixa da Xanda, desde 1988. "Eu tinha uns 13, 14 anos e acho que já era meio antropólogo ali, porque o meu olhar estava sempre além, olhando para as pessoas e dialogando".
Hoje, Alvatir Carolino, diz ter parentesco com a Baixa da Xanda. Ele é casado com outra antropóloga, que tem raízes familiares na comunidade e se emociona com a recente certificação.
"Foi uma extraordinária emoção que supera a do dia de minha titulação de doutor e da progressão ao cargo máximo na carreira do Ministério da Educação, o de professor titular. Esse reconhecimento, por tudo que trabalhei em outros reconhecimentos de quilombos na Amazônia, me afeta em um ponto emocional da minha alma, que é extraordinário, é indescritível. Estou muito feliz."
A Fundação Cultural Palmares é a responsável pela emissão de certidões às comunidades quilombolas a partir do reconhecimento da autodeclaração.
Na instituição, o processo da Baixa da Xanda foi recebido pela equipe da coordenadora de Projetos do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro, Cida Santos. Ela comenta que o reconhecimento da Baixa da Xanda como primeiro quilombo de Parintins deve ser motivo de grande orgulho por ser o território onde foi criado o Boi-Bumbá Garantido, reconhecido nacional e internacionalmente como expressão cultural do povo brasileiro.
"A população de Parintins e de todo o Amazonas deve se sentir orgulhosa dessa expressão de ancestralidade, que é o festival de Parintins. E essa emissão da certificação de autorreconhecimento, enquanto comunidade quilombola, para nós, é uma satisfação muito grande."
Cida Santos relata que desde o início deste ano, a fundação tem intensificado a campanha nacional com o nome Acelera Certificação Quilombola, com o objetivo de ampliar o reconhecimento formal de mais de 8 mil comunidades quilombolas do país. Até junho deste ano, 3.940 comunidades já haviam sido certificadas pela entidade.
A certificação de reconhecimento do Estado brasileiro, de que se trata de uma comunidade quilombola, é acionadora de direitos específicos para o grupo, diz a coordenadora da Fundação Cultural Palmares. "Esta certificação é um 'abre portas' para o o a diversas políticas afirmativas implementadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva"
Cida detalha que o documento istrativo permite que as comunidades quilombolas possam ser assistidas pelas políticas públicas intersetoriais do programa Aquilomba Brasil, coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR).
O Aquilomba Brasil está dividido em quatro eixos temáticos:
· 1 - o à terra;
· 2 - infraestrutura e qualidade de vida;
· 3 - inclusão produtiva e desenvolvimento local;
· 4 - direitos e cidadania.
Além disso, os estudantes quilombolas desses territórios que estão matriculados em instituições federais de ensino superior am a ter direito à Bolsa Permanência. A política pública concede auxílio financeiro diretamente aos estudantes de graduação, com o objetivo de contribuir para a permanência e a diplomação dos beneficiados.
A Certidão de Autorreconhecimento emitida pela Fundação Cultural Palmares é o documento inicial no processo de regularização fundiária de seu território como sendo de uma comunidade remanescente de quilombo.
A partir da certificação do governo federal, a comunidade Baixa da Xanda deve solicitar a abertura de um processo istrativo de regularização fundiária de seu território na superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado, para requerer o título de posse dessa terra.
O Incra, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), é o órgão responsável pela identificação, demarcação e titulação, entre outras, das terras quilombolas no Brasil.
]]>Será apresentada a trilogia latino-americana Três histórias que mudaram a história, composta por: Pedro de Valdívia: la gesta inconclusa, que poderá ser vista de 11 a 22 de junho; Magalhães a 500 años de la primera vuelta al mundo, de 25 a 29 de junho; e Fico, de 02 a 06 de julho.
Para o grupo, a temporada é uma oportunidade de mostrar ao público brasileiro a forma que a Tryo Teatro Banda desenvolveu para fazer e criar suas obras:
"Não é um espetáculo realista naturalista, no sentido da intensidade dramática. São espetáculos que flertam com a comicidade, com a farsa, com a contação de história, têm narrativa e diálogo o tempo todo. As músicas também são representantes disso. Como não tem cenário, tem essa base do corpo vivo em cena ao que está sendo narrado. [Os atores] Fazem com instrumentos e com o corpo, alusões ao que está sendo narrado", explicou à Agência Brasil, o premiado ator, diretor e produtor Julio Adrião, que assina a curadoria e a coordenação-geral da temporada.
A música composta para cada espetáculo e executada ao vivo pelos atores é o fio condutor das narrativas nos trabalhos do grupo chileno, que tem como foco pesquisas sobre momentos e personagens da história latino-americana, apresentados de forma crítica.
"Eles trabalham muito com temas e personagens histórico, em uma estrutura que tem estética de narrativa, em que a música é composta especialmente para os espetáculos, por eles mesmos, e a dramaturgia, desenvolvida em sala de trabalho. Muito se assemelhava ao meu processo de trabalho também", contou o ator, que tem entre suas atuações de sucesso o monólogo A Descoberta das Américas.
"São mais de 20 instrumentos em cena. Desde charango e tambores a coisas menores, como guitarra elétrica, contrabaixo, trombones. Tem uma variedade de instrumentos brutal, que a gente não está acostumado a ver no palco no Brasil, com essa intensidade e essa qualidade, porque eles tocam mesmo, eles são músicos", acrescentou Adrião.
Desde a fundação, em 2000, as atividades ininterruptas da companhia já foram vistas em países da América Latina, Europa, Ásia e Estados Unidos. Adrião revelou que a ideia da companhia fazer um espetáculo no formato de ocupação, como será agora no CCBB, surgiu em 2012, quando ele e o grupo se conheceram em um Festival Latino Americano em Londres.
"Desde então, a gente vem conspirando para trabalhar. Eu já fui ao Chile algumas vezes, eles vieram aqui em alguns estados, com espetáculos soltos, e eu botei essa pilha de a gente fazer uma residência, uma ocupação em um teatro bacana como o CCBB, onde a gente pudesse trazer uma mostra com mais trabalhos e oficina", relatou.
"A gente está muito feliz de receber essa companhia irmã, que a gente conhece há tanto tempo. Eles estão super felizes, e o CCBB também está muito animado com esse processo de, cada vez mais, promover ocupações. Agora mesmo, saiu uma companhia do Maranhão, depois vai ter uma companhia com uma ocupação com repertório. Isso é um formato muito propício para uma cidade como o Rio de Janeiro, de receber companhias que pouco vêm ao Rio, que pouco vêm ao Brasil, e podem trazer um repertório maior e ter uma visibilidade mais ampla do seu trabalho", comentou o curador.
O fundador e diretor da Compañia Tryo Teatro Banda, Francisco Sánchez, diz que um dos destaques do desempenho da companhia é apostar numa estética essencial do teatro, em que a figura central da narrativa é o ator músico, também chamado de juglar em espanhol e menestrel em português ─ aquele que usa a música autoral executada ao vivo.
"Juglar é uma palavra espanhola que fala daquele artista ambulante, que é ator, poeta, bailarino, músico cantante, que faz muita coisa cênica para contar a história para todo mundo, com uma opinião crítica também", observou, acrescentando que outro destaque da companhia são os temas históricos da América, do Chile e do Brasil.
"É um propósito que a companhia tem em muitas peças. São 25 peças teatrais e todas abordam diferentes episódios de história: a conquista, o ado antigo indígena, os povos originários, a afrodescendência. Acho que essas duas combinações são constitutivas do nosso trabalho: a figura do menestrel e o tema histórico", afirmou.
Segundo o ator e músico, que está com grande expectativa para a temporada, a única vez que a companhia veio ao Rio foi em 2022, quando fez uma apresentação da peça Fico, no Paço Imperial, no centro da cidade, e nas instalações do SESC em outras cidades do estado. Como agora, naquele ano, Francisco Sánchez se apresentou em português, o que acredita não ser uma barreira.
"Não foi muito difícil, porque eu já tenho uma ligação com o Brasil de quase 30 anos. A vontade da gente é que o público não perceba como estrangeiro, mas é impossível, né? Então, [a companhia] já tem uma trajetória de falar em português, e eu gosto muito do português. Estou sempre com vontade de aprender a falar bem", disse.
Representar a peça Fico, no Paço Imperial, teve um sentimento especial para o artista. "Foi muito emocionante atuar onde aconteceu a história", comentou Sánchez, lembrando que aquele local ficou notabilizado pelo Dia do Fico, quando, em 9 de janeiro de 1822, o então príncipe Pedro declarou que não cumpriria as ordens das Cortes portuguesas, que exigiam sua volta a Lisboa.
Francisco Sánchez conheceu o Brasil em 1996, mas, ao contrário de muitos visitantes que entram no país por destinos como Rio, São Paulo, ou Salvador, ele chegou ao país pela Amazônia. Entrou pela Bolívia e, primeiro, conheceu o Acre, onde queria ter uma experiência com o Santo Daime e buscar a espiritualidade na floresta.
"Eu tinha conhecimento do Santo Daime já no Chile, e achei que era bom conhecer na fonte. Foi aí que, aos 24 anos, entrei pela Bolívia no Acre e Amazonas. Aquilo foi muito importante na minha vida até hoje", revelou. "Conhecer a floresta amazônica naquele contexto espiritual mudou a minha vida para o bem. Tenho uma conexão muito espiritual com o povo brasileiro por causa disso, por esta experiência".
A programação da temporada inclui ainda a realização de três masterclasses (oficinas), ministradas pelo diretor artístico da companhia, Francisco Sanchez. Quem participar vai acompanhar o processo de criação da Tryo Teatro Banda, com a participação dos integrantes. "É uma oportunidade muito boa de a gente ver como trabalham e ter essa troca", completou o curador Julio Adrião.
]]>🇧🇷🇧🇷 FIM DE JOGOO E VAGA NA COPA DE 2026!!
Estamos OFICIALMENTE RUMO AO HEXA! 🏆🏆 pic.twitter.com/BeePeN8x8b— CBF Futebol (@CBF_Futebol) June 11, 2025
A vitória em casa levou a seleção brasileira aos 25 pontos nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, assumindo a terceira posição da classificação. Desta forma o Brasil não pode mais ficar fora da zona de classificação para o próximo Mundial, quando faltam apenas duas rodadas para o final da competição.
Após um frustrante empate sem gols com o Equador na partida que marcou a sua estreia no comando da seleção brasileira, Carlo Ancelotti optou por um esquema de jogo diferente diante dos Paraguaios. Para uma partida na qual contaria com o apoio da torcida, e na qual enfrentaria um adversário conhecido pela força defensiva, o treinador optou por uma formação ousada, na qual o Brasil começou com apenas dois meio-campistas de ofício e quatro jogadores de frente.
Nesse quarteto ofensivo Gabriel Martinelli ocupou a ponta esquerda, Raphinha ficava aberto pela direita, enquanto Matheus Cunha e Vinicius Júnior ficavam mais centralizados, mas sem guardar posição e retornando bastante para auxiliar na criação das jogadas ofensivas.
A aposta se mostrou acertada, e o Brasil assumiu o controle desde os primeiros minutos do primeiro tempo, acuando a equipe paraguaia e criando boas oportunidades de marcar. A primeira surgiu aos 11 minutos, quando Matheus Cunha cruzou rasteiro, mas Vinicius Júnior chegou atrasado e não conseguiu finalizar.
Aos 34, a seleção ficou muito perto de marcar, quando Martinelli fez boa jogada pela esquerda e cruzou na segunda trave, onde Matheus Cunha, com muita liberdade, cabeceou sem direção.
Vini Malvadeza 🇧🇷#CopadoMundoFIFA pic.twitter.com/gxdz1O0dhU
— Copa do Mundo FIFA 🏆 (@fifaworldcup_pt) June 11, 2025
Porém, de tanto tentar, o Brasil chegou ao gol da vitória antes do intervalo. Aos 43 minutos Raphinha partiu em velocidade pela direita, mas acabou desarmado pela defesa adversária. Matheus Cunha surgiu então em velocidade, roubou a bola, chegou à linha de fundo e cruzou para Vinicius Júnior, que teve apenas o trabalho de escorar.
Na etapa final a seleção brasileira até começou muito bem, criando oportunidades de ampliar a vantagem com Bruno Guimarães, Raphinha e Gerson. No entanto, o Paraguai conseguiu segurar a pressão e o placar até o apito final.
]]>Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.874 da Mega-Sena, sorteadas nesta terça-feira (10). O próximo sorteio será na quinta-feira (12) e pagará um prêmio de R$ 90 milhões.
Foram sorteadas as dezenas 04 - 05 - 09 - 17 - 49 - 53.
A quina teve 133 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 29.299,33. Os 9.080 ganhadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 613,09.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.
]]>O pedido foi feito após o militar prestar depoimento ao STF sobre a ação que julga uma tentativa de golpe que impediria a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República em 2023. Braga Netto negou as acusações de ter entregue dinheiro em uma sacola de vinho ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e de ter conhecimento sobre a trama golpista.
Braga Netto está preso desde dezembro do ano ado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e de tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.
De acordo com os advogados, com o encerramento dos interrogatórios do núcleo 1 da trama golpista, a prisão não se justifica mais.
"Diante de todo o exposto, ratificando os pedidos já submetidos a esse STF e especialmente diante da atual situação fático-processual de encerramento da instrução desta ação penal, requer-se a revogação da prisão preventiva", solicitou a defesa.
Braga Netto está preso nas instalações da Vila Miliar no Rio de Janeiro.
Braga Netto foi o último réu interrogado do núcleo 1 da ação penal pelo relator Alexandre de Moraes. Os outros interrogados foram:
O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano.
]]>O instituto já apoia seis estados brasileiros no desenvolvimento desses programas: Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul , Pará e Tocantins. Além deles, Amazonas, Maranhão e Piauí desenvolvem ou estão estruturando programas de REDD+ Jurisdicional.
Para esse cálculo, foi considerado o preço que varia de 10 a 20 dólares por crédito. Se considerado o mínimo de 10 dólares, a receita de cada estado seria de 1,4 bilhão de dólares por ano. Os valores seriam pagos a partir de 2026, a depender da regulamentação estadual sobre o tema.
O modelo de venda destacado pelo instituto é o do REDD+ jurisdicional (JREDD+). A sigla REDD+ significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal. É um mecanismo que permite aos poluidores remunerarem aqueles que desenvolvem atividades de conservação, manejo sustentável das florestas e aumento dos estoques, como forma de compensação por suas emissões de gases na atmosfera.
O REDD+ jurisdicional se diferencia de projetos individuais de REDD+ por ser aplicável a uma jurisdição territorial específica, como um município, um estado ou um país. Em vez de um indivíduo ou uma comunidade, é o governo que vende os créditos ao mercado e que vai assume a implementação e os compromissos para alcançar os resultados de redução de emissões.
Segundo o estudo, o recebimento da venda de créditos de carbono por meio desse mecanismo permitiria desacelerar o desmatamento em 90% até 2030 e em 98% até 2050. O que poderia representar o fim do desmatamento ilegal.
O EII projeta que a redução de emissões líquidas até 2030 seria equivalente às metas de 27 países da União Europeia. E que as reduções já verificadas entre 2023 e 2024 que estão sendo transformadas em créditos poderiam gerar um valor de 1,7 bilhão de dólares, se for levado em conta o preço de $10/tCO2e (10 dólares por crédito de carbono). O que seria equivalente ao desembolso do Fundo da Amazônia em 16 anos de atuação.
]]>A confederação também criticou a proposta de elevar de 9% para 15% as alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das fintechs (startups do setor financeiro). Para a CNI, a medida prejudicará o o ao crédito, num momento de juros altos.
"O setor produtivo já está sufocado por juros abusivos e spreads bancários distorcidos. Agora, o crédito vai ficar ainda mais caro. No fim das contas, quem vai arcar com isso é o consumidor. É inissível continuar prorrogando essa situação. O Brasil precisa, com urgência, de uma reforma que traga justiça tributária de verdade", ressaltou na nota o presidente da CNI, Ricardo Alban.
O comunicado da CNI lembrou que a entidade junto a outras confederações - Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) - entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Paris, propostas para promover o equilíbrio fiscal.
Segundo a CNI, o aumento de tributos sobre o setor produtivo chega num momento em que os juros altos e o aumento das importações comprometem o crescimento da indústria. A entidade lembrou que, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria foi o único dos três principais setores da economia a encolher em relação ao quatro trimestre do ano ado. Apesar de o PIB ter registrado alta de 1,4%, o segmento recuou 0,1%.
]]>